Reduza a ingestão de sal. Se o sangue contém excesso de sal, os rins retém mais e eliminam menos água. O aumento do volume sanguíneo leva a um aumento da tensão arterial. Se isso ocorrer de forma permanente, o paciente pode desenvolver tensão arterial elevada. Veja abaixo alguns cuidados importantes com a alimentação:
Alimentos que devem ser evitados por hipertensos:
– Alimentos preparados e conservas
– Bolachas salgadas
Reduza o consumo de sal
– Evite intensificadores de sabor
– Ao preparar os alimentos, use ervas frescas e especiarias
– Cozinhe sem sal e use misturas de especiarias
– Verifique o teor de sódio da água mineral
Reduza a ingestão total de gorduras
– Escolha alimentos com baixo teor de gorduras
– Escolha formas de preparar os alimentos com pouca gordura (por exemplo: no forno, coberto com papel alumínio etc)
– Com uma escumadeira, retire gorduras sólidas durante o preparo de sopas e molhos
– O que levar em conta ao escolher as gorduras na alimentação
– Evite as gorduras animais, tais como manteiga, bacon e banha
– Escolha gorduras com um alto nível de monoinsaturados ou ácidos gordos poliinsaturados (óleo de girassol, de linhaça, de soja ou azeite)
Escolha alimentos ricos em potássio
– Uma dieta rica em potássio produz uma redução moderada da tensão arterial. O potássio provoca um aumento da eliminação de água, que provoca um relaxamento dos vasos sanguíneos e reduz a tensão arterial. São eles:
– Produtos integrais
– Batatas
– Legumes como espinafres, brócolos, alface-de-cordeiro e cogumelos
– Nozes, frutos secos, banana
– Peixe
A importância das fibras na alimentação
A fibra dietética faz com que o alimento seja mastigado por mais tempo e mais exaustivamente. Tem os efeitos de satisfazer o estômago, de o açúcar no sangue subir lentamente e de regular a digestão. Uma dieta rica em fibras pode ajudar a prevenir transtornos gastrointestinais, transtornos metabólicos (obesidade e diabetes) e doenças cardiovasculares ( hipertensão e a arteriosclerose).
Alimentos ricos em fibras
– Cereais
– Legumes
– Leguminosas (lentilhas, ervilhas e feijões)
– Frutas (maçãs, laranjas, bananas e kiwis)
Já não bastassem todos os cuidados para não exagerar na dose de sal na comida, agora pode ser que a ingestão de açúcar precise ser regulada para não gerar ou agravar quadros de hipertensão. Ao menos é isso que sugere uma pesquisa norte-americana, divulgada recentemente. O trabalho foi realizado pela Universidade de Colorado Denver, onde a médica Diana Jalal buscava identificar mais fatores de risco adicionais relacionados com a pressão alta. A pressão arterial ideal é de 12/8 mmHg. Quando ela é sistematicamente igual ou maior que 14/9 mmHg, a pessoa tem hipertensão. A doença é crônica, não tem cura mas tem controle. Se não for tratada, ela pode gerar consequências fatais, como enfarte, derrame e falência renal.
Na pesquisa norte-americana, a equipe de Jalal analisou dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição. O estudo envolveu 4.528 adultos norte-americanos com pelo menos 18 anos e nenhum histórico de hipertensão. Os participantes do estudo responderam a questões relacionadas aos seus hábitos de consumo de alimentos e bebidas, como sucos de frutas, produtos de padaria, bebidas leves e doces. Jalal descobriu que as pessoas que consumiam 74 gramas ou mais de frutose por dia (correspondente a 2,5 bebidas leves e adocicadas por dia) tinham uma chance maior de ter pressão alta. A proporção era de 26% para pressão 13,5/8,5, 30% para 14/9 e 77% para 16/10. “Nosso estudo identificou um fator de risco potencialmente modificável para a pressão alta. Entretanto, a pesquisa precisa ser continuada para comprovar se a redução da ingestão de frutose realmente seria uma forma de prevenir a hipertensão e suas complicações”, relatou Jalal, em seu estudo.
Relação com o excesso de peso
Até hoje, nenhum estudo estabeleceu uma relação direta entre açúcar e hipertensão. “A relação é indireta. A pressão aumenta em obesos e em pessoas acima do peso, que chegaram a essa condição ingerindo muito açúcar”, explica o cardiologista Fernando Nobre, presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SHB). A ingestão exagerada de sal é atualmente apontada como um grande problema para a pressão sanguínea. E é possível reduzir o consumo com dicas simples. O ideal é usar uma colher de chá para toda a alimentação diária.
Mas outros fatores externos, chamados de fatores ambientais, podem contribuir. Tabagismo, bebidas alcoólicas, estresse e falta de atividades físicas são alguns dos agentes. Mas também há tendência da pessoa, por questões hereditárias, e a idade avançada. Quando a pressão está elevada no organismo, ela fere gradualmente uma fina camada interna dos vasos sanguíneos. Isso acontece em órgãos como cérebro, coração e rins. O estrago é feito de forma silenciosa na grande maioria dos casos, sem apresentar nenhum sintoma. Quando o desgaste de um vaso sanguíneo é muito acentuado, ele pode se romper. O resultado pode ser um derrame ou um infarto.
A hipertensão causa 40% dos infartos e cerca de 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC), de acordo com a SBH. Por isso a doença é tão perigosa e ameaçadora. Ela pode ser fatal logo em sua primeira manifestação. Nas estimativas da SBH, a hipertensão acomete cerca de 30% da população brasileira adulta. O índice salta para 50% após os 60 anos e também está presente em 5% das crianças e adolescentes.